Em sua primeira coletiva na Arena MRV, técnico argentino fala sobre a urgência de reverter a situação na Copa do Brasil, revela por que escolheu o Atlético em vez do Santos e aborda sua controversa intensidade no trabalho.

Jorge Sampaoli foi oficialmente apresentado em sua segunda passagem pelo Atlético-MG na manhã deste sábado (6). No evento, realizado na Arena MRV, o técnico argentino de 65 anos falou sobre os desafios imediatos, explicou sua fama de ter um temperamento difícil e estabeleceu a meta principal para sua estreia: “mudar a realidade” do time já no clássico decisivo contra o Cruzeiro.

“É importante implementar rapidamente a mudança de atitude. Tentaremos mudar essa dinâmica negativa do Atlético hoje para atender o desejo da torcida”, declarou Sampaoli.

A Missão Imediata: O Clássico da Copa do Brasil

A estreia de Sampaoli será em um dos cenários mais desafiadores possíveis. Na próxima quinta-feira, o Atlético enfrenta o Cruzeiro pelo jogo de volta das quartas de final da Copa do Brasil. O Galo precisa reverter uma desvantagem de 2 a 0 sofrida no jogo de ida para se classificar.

Este será o primeiro clássico mineiro comandado por Sampaoli em sua carreira, e ele sabe da urgência do resultado. “Expectativa para mudar rapidamente esta realidade e levar o Atlético, por sua torcida, ao mais alto nível possível”, afirmou.

Por que o Atlético? A Escolha pelo Elenco

Questionado sobre ter recebido uma proposta do Santos, clube pelo qual tem grande carinho, Sampaoli explicou que a decisão de voltar ao Atlético foi baseada no perfil do elenco.

“Analisei o plantel, as características dos jogadores. O perfil, com a maneira que eu sinto o futebol. Em 2020, o time jogou como eu queria. Vamos tentar mudar a forma de jogar”, disse o treinador, indicando que vê nos atletas atuais a capacidade de executar suas ideias.

A Fama de “Exigente”: A Visão de Sampaoli

Conhecido pela intensidade e por atritos internos em trabalhos anteriores, inclusive em sua primeira passagem pelo Galo, Sampaoli foi direto ao abordar sua personalidade.

“Sinto o futebol de uma maneira muito exigente. Minha exigência é muito alta, sempre, comigo e com o resto. Alguns gostam, alguns não gostam. Não tem a ver com educação, tem a ver com sentimento”, explicou. “A exigência e a urgência de vencer fazem todos os sentidos convergir nisso, e quem não está pensando assim seguramente terá diferença comigo”, finalizou.