A poucos meses do Mundial, a disputa pela vaga de centroavante titular do Brasil segue totalmente em aberto. Enquanto Pedro, do Flamengo, leva vantagem nos gols, outros concorrentes se destacam em características que podem ser cruciais dependendo da presença de Neymar.
A grande dúvida que paira sobre a Seleção Brasileira de Carlo Ancelotti a poucos meses da Copa do Mundo de 2026 é: quem será o camisa 9? A disputa pela vaga de centroavante titular segue em aberto, com o técnico testando opções e diferentes estilos de jogador.
Enquanto Matheus Cunha foi o titular na última goleada, a tendência é que o time jogue sem um “9” de ofício contra o Japão, nesta terça (14). Uma análise dos números dos quatro principais concorrentes — Pedro, Richarlison, Matheus Cunha e João Pedro — mostra por que a decisão é tão complexa.
A Briga em Números: Quem Leva Vantagem?
Com base nos dados de desempenho da última temporada, cada candidato tem seus pontos fortes.
- O Goleador (Pedro): O atacante do Flamengo é, de longe, o mais eficiente. Ele tem a melhor média de gols entre os concorrentes, com 0,8 gol a cada 90 minutos, sem contar os pênaltis.
- O Defensor (João Pedro): O jogador do Chelsea se destaca nos atributos defensivos. Ele vence 67% dos duelos defensivos e 58% dos duelos aéreos, sendo o melhor nos dois quesitos.
- Os “Modernos” (Cunha e Richarlison): Matheus Cunha é o que mais finaliza (4 vezes por jogo), enquanto Richarlison tem um bom equilíbrio entre os atributos, sendo o segundo melhor no jogo aéreo.
O “Fator Neymar”: O Quebra-Cabeça de Ancelotti
A escolha do centroavante ideal passa diretamente por outra questão: Neymar vai jogar? E como? Segundo o colunista do Lance!, Gustavo Fogaça, a presença do craque muda tudo.
“Se Neymar jogar (…) como o cara do meio por dentro, o centroavante é fundamental para isso. Um centroavante de mais mobilidade, como o João Pedro e como o Matheus Cunha, que tenha uma performance defensiva melhor, facilita o jogo do Neymar, dá mais liberdade”, analisa Fogaça.
Ou seja, com Neymar em campo, um “9” que ajude mais na marcação pode ser a preferência. Sem ele, um finalizador clássico como Pedro poderia ganhar força.
A Reta Final de Testes
Com apenas cinco amistosos restantes antes da convocação final, o tempo para Ancelotti tomar sua decisão está se esgotando. Os atuais convocados — Matheus Cunha, Richarlison e Igor Jesus — sabem que cada minuto em campo, a começar pelo jogo contra o Japão, será decisivo para carimbar o passaporte para a Copa do Mundo.