Para o comentarista e pentacampeão mundial, a postura combativa do técnico do Palmeiras em suas entrevistas coletivas e a dificuldade em lidar com as críticas pesaram mais do que seus resultados em campo na hora da escolha da CBF.

Na visão do comentarista e ex-jogador Denílson, o vitorioso técnico do Palmeiras, Abel Ferreira, só não assumiu o comando da Seleção Brasileira por um motivo principal: sua “falta de sensibilidade” e a maneira como ele se comunica em suas entrevistas coletivas.

Durante o programa “Fechamento SporTV”, no último domingo (12), o pentacampeão afirmou que, para comandar a Seleção, não basta ser apenas um grande treinador, e que a postura de Abel de “guardar” as críticas e “mandar recados” para a imprensa o prejudicou na disputa pelo cargo, que acabou com Carlo Ancelotti.

“Falta de Sensibilidade”: A Tese de Denílson

Para Denílson, a competência de Abel como treinador é inquestionável, mas seu comportamento fora de campo o impediu de dar um passo maior na carreira.

“Qualquer crítica que você faça ao Abel, ele guarda. Aí, na próxima coletiva ele vai dar um jeito de mandar o recado. Na minha opinião, se ele tivesse um pouquinho mais de sensibilidade, de leitura, de comunicação, que não é a obrigação dele… a obrigação dele ele já cumpre com excelência, que é ser um grande treinador”, iniciou o comentarista.

“Mas, na minha opinião, não basta você ser só um bom treinador. Você precisa criar narrativas que sejam favoráveis a você, e se ele tivesse essa sensibilidade, eu acho que hoje ele seria o treinador da Seleção Brasileira. Não existiria Carlo Ancelotti na Seleção Brasileira“, cravou Denílson.

A análise sugere que a CBF buscou um perfil mais diplomático e experiente em gestão de crises de imagem, como o de Ancelotti, em detrimento do estilo mais “explosivo” do comandante palmeirense, apesar de todo o seu sucesso no clube.