Órgão não ficou satisfeito com a suspensão de 12 jogos e quer que o atacante também seja condenado por prejudicar o próprio clube, o que poderia elevar a punição para até dois anos. Defesa do jogador também recorre, e atleta joga sob efeito suspensivo.
O caso envolvendo Bruno Henrique e a manipulação de resultados ganhou uma reviravolta importante. A Procuradoria do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) entrou com um recurso oficial para aumentar a pena do atacante do Flamengo, que havia sido suspenso por 12 jogos por forçar um cartão amarelo em uma partida de 2023.
A Procuradoria argumenta que a punição foi branda e busca uma condenação adicional que pode elevar o gancho do jogador para até dois anos de suspensão. A defesa do atleta também recorreu da decisão inicial.
A Tese da Procuradoria: Prejuízo ao Próprio Clube
No julgamento inicial, Bruno Henrique foi condenado por atuar contra a ética desportiva, mas foi absolvido da acusação de prejudicar deliberadamente sua própria equipe (Artigo 243 do CBJD). É exatamente neste ponto que a Procuradoria foca seu recurso.

O órgão alega que o Flamengo foi, sim, prejudicado, pois o envolvimento de um de seus principais atletas em um escândalo de apostas afeta seu valor de mercado. Com base nisso, a Procuradoria pede que a mais alta corte do tribunal, o Pleno, reavalie o caso e também condene o jogador neste artigo.
“Se a pena for mantida pelo Pleno, carregará uma sensação de impunidade”, destacou a Procuradoria no documento.
A Situação Atual: Liberado por Efeito Suspensivo
Apesar da batalha jurídica nos bastidores, Bruno Henrique segue à disposição do técnico Filipe Luís. O departamento jurídico do Flamengo conseguiu um efeito suspensivo que permite ao atacante continuar jogando normalmente até que o novo julgamento, em segunda instância, seja realizado. Ainda não há data definida para a sessão do Pleno do STJD.