Zagueiro do Lille, que será titular contra a Bolívia, revela drama após ser dispensado pelo clube carioca aos 17 anos: “Queria parar de jogar”. Apoio da família foi fundamental para a volta por cima.
O zagueiro Alexsandro Ribeiro está prestes a ter mais uma grande oportunidade na Seleção Brasileira, mas sua trajetória até a titularidade na equipe de Carlo Ancelotti é marcada por uma poderosa história de superação. O defensor do Lille (FRA), que deve iniciar o jogo contra a Bolívia nesta terça-feira (9), revelou que quase desistiu do futebol após ser dispensado pelo Flamengo na base.
Aos 26 anos, o jogador se consolidou no futebol europeu e agora colhe os frutos de uma jornada de muita resiliência, que o levou de um período de um ano e meio sem clube ao time principal do Brasil.
O Quase Fim do Sonho: A Dispensa do Flamengo
Em uma entrevista recente ao ‘365 Scores’, Alexsandro relembrou o impacto devastador de sua saída do Flamengo, aos 17 anos.
“Eu jogava no Flamengo e quando veio a decisão de sair não imaginava que ia ser tão pesado para uma criança de 16, 17 anos. Mentalmente, teve um turbilhão de coisas (…) Em muitos momentos, voltava para o Rio com a mala vazia, sem esperança, querendo parar de jogar”, desabafou o zagueiro.
Ele conta que a força para não desistir veio ao ver as dificuldades de sua família e do incentivo de amigos. “Meus amigos falavam: ‘Cara, você não pode parar pela sua família’”, recorda.
A Reconstrução da Carreira, Passo a Passo
Após o período de incertezas, a carreira de Alexsandro foi reconstruída gradualmente:
- A Nova Chance: Encontrou uma oportunidade no Resende, onde se destacou na equipe sub-20.
- A Ida para a Europa: Seu desempenho chamou a atenção de clubes de Portugal, como Praiense e Amora.
- O Salto em Portugal: Brilhou na temporada 2021/22 pelo Chaves, o que lhe abriu as portas de uma grande liga.
- A Consolidação na França: Foi contratado pelo Lille por 2 milhões de euros e se tornou um dos destaques da equipe.
A Volta por Cima na Seleção
Agora, Alexsandro se prepara para ser titular no último jogo das Eliminatórias, contra a Bolívia, na altitude de El Alto. Após ter iniciado os dois primeiros jogos da “Era Ancelotti” e ficado no banco contra o Chile, o zagueiro retoma seu espaço, coroando uma jornada de quem nunca deixou de acreditar.