Em debate no SporTV, comentaristas classificaram as contratações dos atacantes como grandes decepções de 2025. O balanço final do ano destaca o alto investimento, o baixo retorno técnico e as polêmicas extracampo.
O ano de 2025 termina com um gosto amargo para a torcida do Cruzeiro no que diz respeito às suas maiores estrelas. Em debate no programa Seleção SporTV nesta sexta-feira (26), jornalistas foram unânimes ao classificar as contratações de Gabigol e Dudu como os grandes “micos” da temporada.
A análise focou não apenas no desempenho técnico, mas na forma como a gestão de Pedro Lourenço, o Pedrinho (dono da SAF), lidou com esses ativos de alto custo.
O Raio-X das Decepções
Gabigol: O Reserva de Luxo que falhou no momento decisivo
Contratado com o status de maior nome do futebol brasileiro, Gabi não conseguiu repetir em Minas o brilho que teve no Flamengo. Apesar de um comportamento profissional, os números e o desfecho da temporada pesaram contra ele.
- O Mico: Terminou o ano perdendo o pênalti que eliminou o Cruzeiro na semifinal da Copa do Brasil contra o Corinthians.
- Estatística Comparativa: Gabi marcou apenas 13 gols em 49 jogos, enquanto Kaio Jorge, com menos partidas, marcou o dobro (26 gols).
- Futuro: O clube já abriu conversas para negociá-lo com o Santos.
Dudu: O “Pior Mico” e a traição para o rival
Para o comentarista Alexandre Lozetti, o caso de Dudu é ainda mais grave devido ao impacto institucional e à saída conturbada.
- A Polêmica: Insatisfeito com a reserva, rescindiu o contrato (gerando uma multa de R$ 15 milhões) e assinou com o arquirrival Atlético-MG menos de uma semana depois.
- Desempenho: No Cruzeiro, foram apenas 17 jogos e 2 gols. No Galo, sob o comando de Sampaoli, tornou-se titular na reta final do Brasileiro.
Comparativo: Gabi e Dudu no Cruzeiro (2025)
| Jogador | Partidas | Gols | Assistências | Status Final |
| Gabigol | 49 | 13 | 4 | Disponível para empréstimo (Santos) |
| Dudu | 17 | 2 | 0 | Rescindiu e foi para o Atlético-MG |
A Evolução de Pedrinho como Gestor
Um ponto central do debate foi a figura de Pedro Lourenço. Os jornalistas ponderaram que, embora tenha liderado contratações equivocadas no início, o empresário mostrou evolução.
“O mico é mais de quem contratou do que dos jogadores. Ele começa apenas se comportando como empresário do ramo de supermercados, mas melhorou muito ao longo da temporada como gestor de futebol.”
— Alexandre Lozetti, comentarista.
A chegada de técnicos como Leonardo Jardim e, agora, a era Tite, marcam uma tentativa de profissionalização que se choca com os “excessos” do início do ano, quando os jogadores foram trazidos mais pelo nome do que pelo encaixe tático.