Atual diretoria, que já lida com um “transfer ban” e uma condenação de R$ 45 milhões no “caso Rojas”, teme que existam outras contas não pagas referentes às mais de 20 contratações feitas pela gestão anterior em 2024.
A nova diretoria do Corinthians, comandada pelo presidente Osmar Stábile, iniciou uma “varredura” interna nas contas do clube. O objetivo é descobrir se existem outras dívidas e pendências não reveladas deixadas pela gestão de Augusto Melo, que sofreu impeachment em agosto. O temor é que o “rombo” financeiro seja ainda maior do que o já conhecido.
A preocupação aumentou nesta semana, após o clube ser condenado pela Corte Arbitral do Esporte (CAS) a pagar R$ 45 milhões ao ex-meia Matías Rojas. A diretoria atual alega que não foi informada sobre os detalhes deste e de outros acordos problemáticos.
O Inventário da Crise: As Dívidas da “Era Augusto Melo”
O Corinthians já está sob um “transfer ban” da FIFA, impedido de registrar novos jogadores por conta de uma dívida com o Santos Laguna (MEX) pela compra de Félix Torres. Essa, no entanto, é apenas a ponta do iceberg. A lista de pendências milionárias herdadas da gestão anterior inclui:
- R$ 45 milhões a Matías Rojas (rescisão de contrato)
- R$ 41 milhões ao Santos Laguna (compra de Félix Torres)
- R$ 23,3 milhões ao Talleres (compra de Rodrigo Garro)
- R$ 8 milhões ao Philadelphia Union (compra de José Martínez)
- R$ 6,7 milhões ao Shakhtar Donetsk (empréstimo de Maycon)
O Medo de Novas “Bombas-Relógio”
Além dos casos já judicializados, a diretoria teme que outras “bombas-relógio” possam estourar. Segundo o “ge.globo”, o clube ainda teria pagamentos em atraso pelas contratações de Cacá (Tokushima Vortis-JAP), pelo empréstimo de Talles Magno (New York City-EUA) e com o Midtjylland-DIN pela negociação de Charles.
A gestão de Augusto Melo contratou mais de 20 jogadores em 2024, e a nova diretoria agora trabalha para entender a real dimensão dos compromissos financeiros assumidos.